terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Foi assim
nos "anos setenta" para aqueles que estavam no NRP Argos.


Repescando uma imagem já "postada" neste blog, aproveitamos para desejar a todos os que nos visitam renovados votos de Bom Natal, Boas Festas e um Ano Novo Feliz.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Ainda o encontro

Ao aproximar-se o final do verão, julgamos oportuno reavivar o blog NRP Argos, para o que solicitamos a colaboração desinteressada daqueles que outrora integraram as respectivas guarnições, enviando-nos fotos ou escritos com memórias e histórias para publicação.

Entretanto, relembramos que a reportagem fotográfica do 1º encontro das últimas guarnições do Argos, de que são exemplo as fotos abaixo, se encontra aqui, e relembrar que esperamos que se efectuem encontros anuais, pelo que, se alguém souber do paradeiro de elementos das últimas guarnições, ainda não localizados, informe a organização.

Aos novos visitantes, lembrar que podem navegar pelo "arquivo" do blog de forma a actualizarem-se com fotos e artigos já publicados.


domingo, 26 de junho de 2011

Álbum de Fotos do 1º Encontro das Guarnições do NRP Argos - Guiné



Após alguns dias de espera, aqui estão as fotos do nosso Encontro.
Agradeço a todos a vossa participação e que, no próximo ano, consigamos maior número de presenças para que a festa seja aquilo que nós desejamos.

Um abraço do camarada Bernardino Sena.

Para ver o álbum completo clique aqui.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

O Reencontro

Foi um "feito" digno de marinheiros.
Dezenas de anos volvidos, as últimas guarnições do NRP ARGOS reencontraram-se.
Aconteceu ali para os lados do Guincho, no passado domingo dia 29 de Maio.
Aqueles que outrora por mar passaram aquela barra, assentaram ferro naquelas furnas e em alegre cavaqueira originaram emocionante e fraterno convívio, a que assistiram os familiares presentes.
Soube a pouco, digo eu, mas ficou a promessa de que não se pode deixar morrer a iniciativa e que no próximo ano haverá um novo encontro, certamente mais elaborado e com outros atractivos. Por agora foi o que de melhor se pôde arranjar, em tempo recorde, e que excedeu todas as minhas espectativas, já que pensava inicialmente de que iríamos aparecer meia dúzia de "gatos pingados", e afinal ainda ali estiveram meia centena de pessoas. Houve algumas surpresas, que muito me alegraram, e comoveu-me rever antigos companheiros e os oficiais do navio.
Estamos todos de parabéns.
Em breve teremos aqui a reportagem fotográfica, estejam atentos.
(por Álvaro Vidal, ex-mar.C 1632/70)

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Caminhando até ao NRP Argos - Guiné

( por Álvaro Vidal, ex mar-c )
Quando fui para a Marinha de Guerra, em grande parte aliciado por um "sketch" publicitário televisivo com uma fragata em alto mar e que dizia -"tens mais de 16 anos, inscreve-te como voluntário na Marinha de Guerra" não imaginava que algum tempo depois estaria na LFG Argos na Guiné. Fui para a Marinha na esperança de que poderia escapar à atroz guerra do ultramar, o que de certa forma foi conseguido, e na espectativa de que me seria possível conhecer outros mundos embarcado nos navios da Marinha. Ainda não tinha dezoito anos, mas estava ciente dos perigos que a guerra do ultramar poderia causar à minha sobrevivência, pois isso era então tema de conversa da juventude, que por todo o Portugal e em qualquer aldeia, por mais remota que fosse, via chegar conterrâneos estropiados e tomava conhecimento de outros que, por via da guerra no longínquo além-mar, deste mundo partiam. Estava então consciente de que se aproximava a inspecção e o serviço militar obrigatório, e por consequência a integração no exército e a óbvia ida para a guerra do ultramar. Confesso que, como tantos outros, equacionei "dar o salto" para o estrangeiro, talvez para a Alemanha ou Canadá, mas isso incorporava também muitas dificuldades para um jovem da minha idade, e por outro lado, tinha amigos de infância que tendo seguido pelo caminho da Marinha de Guerra, estavam muito satisfeitos e contavam as suas peripécias de viagens e dos portos por onde atracavam.
É neste contexto que em Julho de 1970 me vejo em Vila Franca de Xira, marujo recruta, e depois a apanhar a "vedeta" para o Alfeite e Escola de Comunicações.
"Diplomado" das aprendizagens do morse, criptografia e outras tecnologias de comunicação que então na marinha se usavam, e depois de um curto "estágio" na Rádio Naval Cmdt Nunes Ribeiro, em Linda-a-Velha, Algés, coube-me uma efémera passagem pela moderna "Magalhães Correia" que me levou a passar pelo Canal da Mancha e seguir até ao Mar do Norte, para na Escócia treinar o meu rudimentar inglês, muito à mistura com linguagem gestual. Efémera foi também a minha passagem pelo "draga-minas Lages" que me levou a "deitar os bofes fora" ao dobrar o cabo de S.Vicente, rumando a Palma de Maiorca.
Portanto, quando cheguei ao NRP Argos em Novembro de 1971, estava já habituado ao "malagueiro", e levava na bagagem auditiva a suficiente sensibilidade aos sinais de morse que me permitia distingui-los mesmo que misturados e abafados pelo muito ruído atmosférico ou em condições adversas de forte ondulação.
Rendi o então mar.c Carlos Mendes, que nunca mais vi mas que me telefonou 39 anos depois, quando casualmente teve conhecimento deste blog e leu um dos meus textos anteriores. Na rendição transmitiu-me as noções básicas para potenciar os emissores do Argos, e depois, lembro-me que por algumas vezes pedi ajuda aos electricistas cabo Manuel e Morais, tentando melhorar a potência dos emissores, de forma a que os sinais de morse por mim emitidos, chegassem fortes aos pontos mais longínquos. Gostava do que fazia, e modéstia à parte, penso que o fazia muito bem, sempre disponibilizando-me a ajudar nas comunicações dos mais fracos, principalmente das LDM´s que navegavam pelo interior profundo da Guiné. Por diversas vezes, manipulando a chave de morse e de auscultadores nos ouvidos, contactei "filhos da escola" nas diversas colónias ultramarinas designadamente em Timor, Moçambique e Angola.
Foram 22 meses de permanência no Argos, navegando por mares e rios da Guiné, convivendo com novos companheiros e conhecendo novas gentes, que gravaram memórias relatadas em texto anteriormente publicado neste blog. Decorrido o tempo adequado, fui ali promovido de Grumete para Marinheiro.
Não me lembro do nome do marinheiro que na Argos me rendeu no início de Setembro de 1973, como não me lembro do nome de outros elementos da guarnição, mas as nebulosas imagens arquivadas nas profundezas da memória do meu disco duro, fazem-me crer que é um dos que consta nas fotografias já publicadas neste blog.
Trinta e nove anos passados, espero reencontrá-lo a ele e a outros, como reencontrei o companheiro Bernardino Sena que com este Blog mobilizou forças para localizar os antigos companheiros do navio, oficiais sargentos e praças, e promover o primeiro reencontro daquela guarnição da Argos, e das subsequentes, cujo encontro vai realizar-se em breve (29/05/2011) e permitirá reavivar memórias, recontar histórias, esclarecer dúvidas e reviver bons tempos de amizade passados na Guiné.
Deixo mais alguns testemunhos fotográficos que guardo daqueles tempos.

sexta-feira, 6 de maio de 2011

AVISO À NAVEGAÇÃO - Parte II

Caros Camaradas e Visitantes do Blog,

Encontra-se confirmado o nosso almoço de confraternização para o próximo dia 29 de Maio, a realizar no restaurante Furnas do Guincho (www.furnasdoguincho.com ).

O restaurante está localizado na Estrada do Guincho ( Cascais) e o preço será de € 30,00 por pessoa.

Os convites estão a ser enviados e a confirmação deverá ser feita até dia 22 de Maio. Todas as informações relacionadas com o encontro constarão no convite.

Quem não receber convite e estiver interessado em comparecer, pode enviar um email para bernardinosena@gmail.com ou contactar-me através do telefone 93 6788151.

Espero que, dentro do possível, todos compareçam!

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Uma busca com sucesso

Após ter saído da Armada e assentado arraiais na minha terra natal, Portimão, mantive sempre a intenção de encontrar os antigos camaradas do tempo de Marinha, sobretudo, os da comissão no NRP Argos, na Guiné, em 1972 e 73. Sem desprimor para os outros, houve um que eu desde sempre tentei encontrar e que sempre me passou entre os dedos, primeiramente por minha confusão com o seu nome, e depois por outros motivos que mais adiante descrevo. É ele, o meu amigo e Cabo E, na altura, José Francisco Manuel. Cada vez que ia para os lados de Alcoutim, ou que encontrava alguém dos lados de Balurcos, lá vinha a pergunta sacramental : “ O amigo conhece um rapaz da zona Alcoutim que está ou esteve na Marinha chamado José Francisco Manuel, da classe Electricista e “barra 4” ? A resposta que sempre recebi foi regra geral a mesma: Não conheço!.....Talvez fulano ou sicrano o conheça!........... Nos últimos anos, a coisa ainda se agravou e quase que se tornou uma obsessão por terem passado aqui pela Capitania pessoas naturais do concelho de Alcoutim, com quem mantive bom relacionamento, e outros “barra 4” que eventualmente teriam conhecido o meu amigo Manuel. Por fim, e após o inicio do blog, lá veio à tona a busca pelo Manuel Electricista, coloquei foto em blogs com o respectivo pedido de ajuda, tentei contactar através de vários amigos, de pessoal da Capitania do Porto de Vila Real de Stº. António, mas nunca obtive nada de concreto. Apesar da minha insistência de o encontrar se começar a desvanecer, a chama continuou sempre acesa e algo me dizia que, mais cedo ou mais tarde, esse momento viria a acontecer.
No Natal passado, ao telefonar a um amigo, dos tempos de Marinha, para lhe desejar Boas Festas, no final do telefonema saltou a pergunta habitual : “Oh J...s conheces um fulano que esteve comigo na Guiné chamado, tal e tal, “barra 4” de Balurcos-Alcoutim?” Fez-se um momento de silêncio e, por fim, ouço aquilo que não esperava : “Oh pá o Manel já faleceu!..” “O quê ?”, disse-lhe eu. Não pode ser! “É verdade”, disse-me o Cap.Ten. J...s, rematando com um : “Podes crer que é verdade!” Pois se para ele era uma certeza a morte do meu amigo Manel, para mim a dúvida continuava e duma coisa tinha eu a garantia, não acreditava! Algo dentro de mim e a minha sensibilidade dizia-me : “Não pode ser verdade!...”
Neste meio tempo, a minha filha mais velha, a Sofia, também tentou pelos seus meios encontrar aquilo que eu não encontrava. Como resultado, recebeu as informações mais disparatadas, até Presidente da Câmara o meu amigo Manel teria sido. Sem querer pôr em causa a sua competência, acho que a ele lhe ficaria melhor um cargo de Presidemte de um Clube de Caçadores, isto em virtude de ainda hoje me lembrar dos seus excepcionais dotes para a caça e de pessoa afável, séria, honesta e amigo do seu amigo, o que não ligaria nada bem como Presidente de qualquer edilidade.
Com os desenvolvimentos que o blog me traz, quase diariamente, e continuando na busca dos elementos da guarnição que ainda me faltam, há cerca de uns 15 dias pedi ajuda a um amigo, Sargento aposentado, com fotografia da praxe no Facebook e mais alguns predicados que para aqui não interessam, e que, quando se trata de “caldinhos” destes, mete a cabeça, os pés e as mãos para conseguir aquilo que lhe é solicitado.
Como os elementos que me faltam para completar a lista eram sobretudo, pensava eu, Sargentos, na primeira mensagem que lhe enviei lá iam 5 nomes para que ele investigasse. No passado sábado já ao fim da tarde recebo um telefonema em que o bom do meu amigo Pedro Cardoso, dignissimo Sargento Mergulhador aposentado com fotografia no Facebook, me pedia nos moldes habituais, quando me telefona: “Oh pá passa lá aqui pelo PAN, e vem rápido, que tenho novidades para ti!”
Estando ali bem perto, lá fui ao seu encontro, ao chegar vejo-o acompanhado pelo Cabo Almeida, que o tinha ajudado na busca, e aí entrega-me um papelinho com cinco nomes e os respectivos contactos. Num primeiro olhar saltou-me logo à vista que o 5º não tinha nem morada nem telefone.Fácil será adivinhar qual era? Nem mais nem menos que o do Manel!... De imediato disparei logo : “Oh Pedro então e aqui este o J.F. Manuel?” Resposta assim de tacada.........! Desse não consta nada nos registos e não sei quem é, se calhar já morreu! Se por um lado fiquei contente por ele me dar os contactos do Mendonça, do Oliveira, do Vaz e do Gonçalves, mais triste fiquei por ficar na mesma, ou pior, em relação aquele que há tanto tempo procuro. Na primeira oportunidade que tive, fiz o primeiro telefonema para Cartagena- Espanha e lá fui dar uma alegria ao amigo Mendonça. Como o contacto do Sr.Gonçalves já era conhecido, deixei os seguintes para o fim de semana. No domingo à tarde, pego no telefone e ligo para o nosso cozinheiro, o amigo António Oliveira. Depois de uma pequena troca de noticias e do “lembras-te deste e daquele”, saltou a tal pergunta : “Oh Oliveira, lembras-te do Manel Electricista?” Fiquei na expectativa de ouvir o que já ouvi tantas vezes, mas não! Do outro “ lado do fio” vem a noticia que eu há tanto tempo esperava ouvir : “O Manel electricista, estou bastantes vezes com ele e tenho ali os seus contactos! Se me deres um minuto, ou melhor, desliga e liga-me de seguida que eu vou buscar os números de telefone!” Não imaginam a alegria com que fiquei, afinal o meu “feeling” não me enganou. Após ligar novamente ao Oliveira para me dar o tão desejado contacto, foi então a vez de ligar para o móvel do Manel e desabafar com ele toda esta verdadeira novela que tem sido tentar encontrá-lo durante todos estes anos quando ele tem andado aqui tão perto, residindo, inclusive, bem perto da sua terra natal e a 100 Kms de mim.O resto de toda esta história ficará para o final de Maio quando todos finalmente nos encontrarmos. Entretanto, todos estes que me deram, durante tanto tempo, sinais trocados, acho bem que ponham as barbas de molho, sobretudo o Jonas e o P. Cardoso, pode o amigo Manuel aplicar-lhes alguns dias de castigo e não têm, os referidos, razão alguma para reclamar visto serem amigos comuns. Entretanto fica assim!...